
A maioria dos folcloristas concorda que ele foi um canto de trabalho dos tiradores de coco e só depois transformou-se numa dança típica de praia, devido à vegetação de coqueiros encontrada nesta região.
A maioria dos folcloristas concorda que ele foi um canto de trabalho dos tiradores de coco e só depois transformou-se numa dança típica de praia, devido à vegetação de coqueiros encontrada nesta região.
Diante da beleza de sua dança e da força dos seus versos, muitos folcloristas traçaram definições a respeito do coco. A maioria concorda que ele foi primeiramente um canto de trabalho dos tiradores de coco, e que somente depois transformou-se em ritmo dançado. Uns afirmam que ele nasceu nos engenhos, indo mais tarde para o litoral, e espalhando-se posteriormente nos ambientes mais chiques. Outros, no entanto, dizem que ele é essencialmente praieiro, devido à predominância da vegetação de coqueiros encontrados nesta região.
Em relação ao Estado nordestino no qual teria nascido o coco a discordância ainda é maior. Alagoas, Paraíba e Pernambuco alternam-se nos textos existentes como prováveis “donos” deste folguedo. Mas afinal, qual seria realmente o seu local de origem ? Eis aí uma lacuna a ser preenchida por aqueles mais curiosos, interessados e com espírito descobridor. No meio de tantas dúvidas, uma coisa é certa: o coco tem origem é no povão! Sobre a sua forma de expressão, os pesquisadores ‘definem’ muitos ‘tipos’ de coco. Não seria muito confiável uma classificação diante da diversidade descrita por eles. O que observamos é que as variações do folguedo ocorrem pelas mudanças de nomenclatura de uma região para outra, por algum aspecto na dança e, principalmente, pela diferença na métrica dos versos que são cantados. Contudo, de maneira geral, o coco apresenta uma forma básica: os participantes formam filas ou rodas onde executam o sapateado característico, respondem o coro, e batem palmas marcando o ritmo. Muito comum também é a presença do mestre “cantadô”. A festa sempre inicia quando ele “puxa” os cantos, que podem ser de improviso ou já conhecidos pelos demais.
No que se refere às suas influências étnicas, a presença africana é clara, principalmente no ritmo, e em certos movimentos da dança. Encontra-se também uma forte contribuição indígena observada nos movimentos coreográficos, pois tanto a roda como a fileira são heranças dos nossos nativos.
A princípio, era dançado em roda formada com pares, acompanhando a cadência de ritmos especiais, quando os participantes cantando, trocavam umbigadas com seu par e a moça do par vizinho em movimentos bem sincronizados.
O Coco sofreu várias alterações, a partir do surgimento do baião nas caatingas nordestinas, sendo criado então o Coco de Visita, que também é dançado em roda de pares.
O cantador de emboladas, também chamado tirador, é quem anima a festa, iniciando a cantoria quando dois ou três pares saem da roda para o centro e dançam sacudindo e trocando umbigadas entre si.
Depois se colocam na frente de outros pares da roda com quem também trocam umbigadas, enquanto os "visitados" se dirigem para o centro, dançando e sapateando. Esta modalidade de Coco desapareceu e hoje os pares não mudam e não trocam umbigadas.
Dançam dia e noite, com sapateado forte, como se pisoteassem o solo em uma aposta de resistência.
Fontes:
O forró universitário possui mais evoluções. Os passos principais são:
Dobradiça – abertura lateral do par;
Caminhada – passo do par para a frente ou para trás;
Comemoração – passo de balançada, com a perna do cavalheiro entre a perna da dama;
Giro simples;
Giro do cavalheiro;
Oito – o cavalheiro e a dama ficam de costas e passam um pelo outro.
Eis o Impressionante forró do Ceará
No recife o nome maracatu servia para dar nome a um ajuntamento de negros, os seja quando se via muitos negros juntos dizia-se que era maracatu. Os cortejos das nações em homenagem aos Reis do Congo passaram a acontecer no carnaval, e eram chamados de maracatus quando era dada uma conotação pejorativa.
Acabou surgindo em Pernambuco uma nova geração de maracatu. Ela foi fundada no dia 15 de dezembro de 1989, em uma festa organizada no Clube Vassourinhas de Olinda, com o objetivo de difundir o maracatu. O Nação Pernambuco é atualmente o grupo cultural de maior projeção no Estado. O Grupo gravou vários discos, os quais contendo apenas músicas de maracatu, sendo os únicos no mundo. Eles estão sempre divulgando e resgatando a história da cultura pernambucana dentro e fora do Brasil.
FORMAÇÃO - Um ritmo bem rápido de chocalhos, uma percussão unissonora e acelerada do surdo, acompanhada da marcação do tarol, do ronco da cuíca, da batida cadenciada do gonguê, do barulho característico dos ganzás, um solo de trombone, e alguns outros instrumentos de sopro que, juntos, dão ao conjunto características musicais próprias e bem diferenciadas dos maracatus tradicionais. O maracatu desfila num círculo compacto, tendo ao centro o estandarte, rodeado por baianas, damas-de-buquê com ramos de flores de goma, boneca (calunga) de pano ou plástico e caboclos de pena. Rodeando este primeiro círculo vem os caboclos de lança, que se encarregam de abrir espaço na multidão, com seus saltos e malabarismos, com as compridas lanças, como a proteger o grupo e as lanternas de papel celofane que, geralmente vem representando o símbolo da agremiação.
Diferentemente do Maracatus de Baque Virado ou Nação, que têm suas origens em cortejos de reis africanos, o Maracatu de Baque Solto, também chamado de Maracatu de Orquestra ou Rural, tem como origem , na segunda metade do século passado e deve ser uma transfiguração dos grupos chamados Cambindas (brincadeira masculina, homens travestidos de mulher). Os Maracatus de Baque Solto são uma espécie de junção de elementos dos vários folguedos populares, que vêm às ruas das cidades próximas aos engenhos de açúcar como: Goiana, Nazaré da Mata, Carpina, Palmares, Timbaúba, Vicência, etc., durante o carnaval, com características e colorido próprios, sempre garantindo a presença nos carnavais do Recife. O cortejo do Maracatu de Baque Solto se diferencia primeiramente do maracatu tradicional, pela ausência do rei e da rainha.
MARACATUS DE BAQUE SOLTO OU RURAL
Cruzeiro do Forte - fundado em 1929